quinta-feira, 12 de março de 2009

Introdução à Biologia

Introdução
A biologia (do grego bios=vida e logos=estudo) é a ciência que estuda o ser vivo, desde a sua forma (morfologia) e função (fisiologia) até o seu relacionamento com os diversos seres vivos e com o ambiente.

Divisões da Biologia
Para melhor estudar e compreender a biologia pode ser dividida. Eis algumas partes:
a- Citologia= estudo da célula
b- Histologia= estudo dos tecidos
c- Botânica ou fitologia= estudo dos vegetais
d- Zoologia= estudo dos animais
e- Embriologia= estudo da formação e desenvolvimento do embrião
f- Ecologia= estudo das relações entre os seres vivos e destes com o meio
g- Evolução= estuda a transformação gradual que ocorre com seres vivos com o passar dos tempos
h- Genética= estudo da transmissão das características hereditárias
i- Taxonomia= estudo da classificação dos seres vivos
j- Bioquímica= estudo da composição química dos seres vivos e das reações químicas que neles ocorrem
k-Biofísica= aplicação das leis físicas para entendimento da biologia
l- Virulogia= estudo dos vírus
m- Anatomia= estudo das formas dos órgãos

Características dos Seres Vivos
Os seres vivos possuem características peculiares que os diferenciam do que não é vivo. Das características que definem os seres vivos, citam-se:

Composição Química Complexa
Formando a estrutura dos seres vivos, encontram-se muitas substâncias orgânicas complexas, como as proteínas, e também várias substâncias inorgânicas. Essas substâncias químicas variam quantitativamente de acordo com a espécie considerada.

Organização Celular
Com exceção dos vírus, todos os seres vivos são constituídos por células. Alguns seres constituem-se de apenas uma célula, como as bactérias, enquanto outros, os pluricelulares, são formados de muitas células.

Metabolismo
As substâncias químicas orgânicas e inorgânicas dos seres vivos reagem entre si. Ao conjunto de reações químicas que ocorrem no interior das células dá-se o nome de metabolismo.

Crescimento
Os seres vivos podem aumentar de tamanho em decorrência do aumento do número de suas células ou de um aumento no volume celular.
Geralmente quando se comparam indivíduos de uma mesma espécie, da mesma idade mas de tamanhos diferentes, os indivíduos maiores apresentam um maior número de células em relação aos menores: é a Lei de Driesh ( Lei da Constância Volumétrica).
Uma exceção que se observa é com relação às células musculares estriadas que formam os nossos músculos esqueléticos, as quais aumentam de volume nas pessoas com maior atividade física, porém o número de células permanece o mesmo.

Reprodução
Processo pelo qual os seres vivos originam seus descendentes. Por meio da reprodução, procura-se manter o número de indivíduos da espécie.

Hereditariedade
As características dos seres vivos que são determinadas pelo seu material genético podem ser transmitidas aos seus descendentes por meio da reprodução.

Mutação
É uma alteração do material genético, sendo um dos fatores responsáveis pela variabilidade entre os seres vivos. Geralmente esta alteração só será transmitida aos descendentes se ela ocorrer nas células reprodutivas, como é o caso dos nossos gametas.

Excitabilidade
Os seres vivos são capazes de responder a estímulos químicos e físicos provenientes do ambiente, como salinidade ou variações de temperatura, ou do próprio organismo, como os estímulos hormonais, que podem determinar, por exemplo, o comportamento mais ou menos agressivo de um indivíduo, em virtude do maior ou menor teor de hormônio masculino presente. Essa característica permite não apenas uma integração do ser vivo com o meio, mas também o estabelecimento do equilíbrio interno

Adaptação
Os seres vivos são considerados adaptados ao ambiente em que vivem quando possuem características que possibilitam sua sobrevivência e reprodução.

Tempo de Vida das Células
As células que formam os seres vivos apresentam um tempo de vida variável diretamente relacionado ao seu grau de especialização, ou seja, à função que exercem. Quanto mais importante a função da célula, maior o tempo de vida.
O pesquisador Bizozzero classificou as células quanto ao tempo de vida em: Lábeis, estáveis e permanentes.

Células Lábeis
São células pouco especializadas, de ciclo vital (tempo de vida) curto e originadas de células com alta capacidade de multiplicação.
Exemplos:
Nos animais as células epiteliais de revestimento e, nos vegetais as células meristemáticas (jovens), em constante processo de reprodução, aumentando o número das células e permitindo assim o seu crescimento.

Pele vista ao microscópio, mostrando células lábeis em sua superfície.

Células Estáveis
São células com um ciclo vital um pouco superior ao das células lábeis. Apresentam certo grau de especialização, mas continuam com capacidade de multiplicação, especialmente se houver alguma perda por lesão.
Exemplos:
Fibras musculares lisas do útero, células do fígado, pâncreas, glândulas salivares e células ósseas, nos animais.
Células parenquimáticas nos vegetais, cuja função é preencher espaços internos, como as células do interior das folhas (parênquima das folhas).

Fibras Musculares Lisas

Células Permanentes
São células altamente especializadas, com tempo de vida longo e que , na maioria das vezes perderam a capacidade de divisão celular.
Exemplos:
Os neurônios e fibras musculares estriadas nos animais e o floema nas células vegetais, formado pela ligação entre inúmeras células que originam os canais de condução de seiva elaborada.



Neurônio: exemplo de célula permanente

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