sexta-feira, 27 de março de 2009

Anexos Embrionários

Durante o desenvolvimento embrionário dos vertebrados, formam-se, a partir do embrião, estruturas temporárias denominadas anexos embrionários, os quais auxiliarão o desenvolvimento e a sobrevivência do embrião.

Saco Vitelínico ou Vitelino ou Vesícula Vitelínica

O saco vitelínico desempenha importante função trófica (de nutrição) no desenvolvimento embrionário de peixes, répteis e aves, pois é o local onde se armazena o vitelo, que é o alimento necessário para o desenvolvimento do embrião. Nos mamíferos eutérios (que possuem placenta), essa função é desempenhada pela placenta. Nesse caso, inicialmente, o saco vitelínico desempenha função hematopoiética, originando os primeiros vasos e glóbulos sanguíneos do embrião, e faz parte da estrutura do cordão umbilical. Mais tarde, por ocasião do parto, fica muito reduzido por não possuir mais função.
Nos répteis, aves e mamíferos não placentários, o saco vitelínico é revestido pela mesoderme e pela endoderme e está ligado ao tubo digestivo do embrião, participando ativamente de sua nutrição. Da mesoderme surgem vasos sanguíneos responsáveis pela absorção do material nutritivo. As células da endoderme que estão em contato direto com o vitelo secretam enzimas digestivas que digerem este vtelo, transformando-o em substâncias assimiláveis.
Nos peixes, o saco vitelínico é o único anexo embrionário presente, sendo revestido pela ectoderme, mesoderme e endoderme. Na mesoderme, formam-se vasos que transportam substâncias nutritivas provenientes do vitelo para o corpo do embrião, diminuindo progressivamente o tamanho do saco vitelínico.
Nos anfíbios, toda a reserva de vitelo fica no interior das células denominadas blastômeros, sendo utilizada pela ação de enzimas existentes nessas células.

Âmnio

Membrana derivada da ectodermee da mesoderme parietal (somatopleura), envolve o embrião, separando-o do meio circundante. É encontrado nos répteis, nas aves e nos mamíferos. A cavidade amniótica apresenta-se cheia de um líquido claro, o líquido amniótico, que se encontra em constante processo de produção e absorção. A análise do líquido amniótico, obtido por punção materna, é importante para o diagnóstico de várias doenças no feto e também para a observação da maturidade dos diversos órgãos. É graças a este líquido que o âmnio desempenha sua função de proteção contra choques mecânicos, variações de temperatura, aderências do feto à membrana amniótica e desidratação.

Cório

É o anexo embrionário mais externo, presente em répteis, aves e mamíferos. O cório, assim como o âmnio, também é derivado da ectoderme e da mesoderme parietal. Nos répteis, aves e mamíferos não placentários, encontra-se em contato direto com a casca do ovo, auxiliando as funções de proteção, absorção de cálcio da casca para o esqueleto fetal e respiração. Nos mamíferos eutérios o cório forma a parte fetal da placenta.

O espaço existente entre o âmnio e o cório é denominado celoma extra-embrionário.


Alantóide

Anexo de origem endodérmica e mesodérmica formado na região do celoma extra- embrionário. Encontra-se bem desenvolvido em répteis, aves e mamíferos não placentários, desempenhando função de armazenamento de excretas. Quando ligado ao cório, formando uma membrana única, o alantocório, auxilia a respiração e absorção de cálcio da casca do ovo. Nos mamíferos eutérios, essas funções são realizadas pela placenta, e o alantóide passa então a auxiliar a formação da placenta. Na espécie humana, o alantóide encontre-se reduzido, incorporado ao cordão umbilical. Admite-se que o alantóide orienta a formação dos vasos sanguíneos que correm no cordão umbilical.

O âmnio e o alantóide são importantes adaptações ao ambiente terrestre.


Placenta

Órgão transitório que realiza trocas metabólicas entre o feto e a mãe, a placenta é constituída por tecidos fetais, o cório viloso, e maternos, a decídua basal, que é o revestimento interno do útero.
A formação da placenta começa com a implantação do blastcisto no útero. O trofoblasto, membrana celular externa do blastocisto, diferencia-se em duas camadas: sinciciotrofoblasto (camada externa em contato direto com o endométrio ou mucosa uterina) e citotrofoblasto (camada interna em contato co o embrião). Estas duas camadas, depois de sofrerem várias modificações, constituem o cório, que é a parte fetal da placenta.
O cório apresenta várias dobras chamadas vilosidades coriônicas, as quais aumentam a superfície da placenta. Inicialmente ao redor de todo o embrião, posteriormente permanecem apenas aquelas próximas à decídua basal, constituindo assim, o cório viloso. O restante do cório perde as vilosidades, e passa a ser chamado de cório liso.
Por volta do quarto mês de gestação humana, a placenta está completamente formada, tendo o aspecto de um disco com cerca de 20 cm de diâmetro. Pesando aproximadamente 500g.
As vilosidades coriônicas são irrigadas pelos vasos sanguíneos, que chegam até elas pelo cordão umbilical, e tem a finalidade de captar os nutrientes trazidos pelo sangue materno para esta região.

O sangue da mãe e do feto não se misturam
Os capilares maternos que chgam ao endométrio trazendo sangue com nutrientes se rompem, e o cório entra em contato direto com o sangue, motivo pelo qual se diz que a placenta humana é do tipo hemocorial.
O cório, portanto não permite que o sangue da mãe se misture com o do feto.

Nutrição Fetal
A placenta exerce função:
• De nutrição;
• De respiração;
• De excreção;
• De defesa imunitária (anticorpos passam da mãe para o feto);
• Hormonal.

Evitando o aborto
Com a finalidade de evitar a dilatação do colo do útero e não permitir o nascimento prematuro ou mesmo o aborto, a placenta produz um hormônio denominado gonadotrofina coriônica (ou HCG), o qual estimula o corpo lúteo dos ovários a produzir progesterona.
A progesterona, por sua vez, estimula a nutrição do endométrio, para que ele manteha a fixação da placenta. Por volta do quarto mês de gestação, a placenta dimiui a produção do hormônio HCG e passa ela mesma a produzir a progesterona. No final da gestação, diminui a produção da progesterona, o que ocasiona o início das contrações uterinas para o parto.

Cordão Umbilical

O cordão umbilical liga a placenta ao embrião e é formado pela parede do âmnio que encosta no saco vitelínico e no alantóide, ambos egredidos. Ao redor dos vasos do cordão umbilical, há um tecido conjuntivo gelatinoso conhecido como Gelatina de Wharton. O cordão umbilical tem um cumprimento de aproximadamente 55cm e apresenta interiormente duas artérias e uma veia.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Embiogênese II

Gastrulação

Após a formação da blástula, segue-se a segunda fase do desenvolvimento embrionário, a gastrulação, que consiste na formação de uma estrutura deominada gástrula. O termo gastro significa estômagoe, portanto, corresponde ao início da formação de um tubo digestivo.
Para a formação da gástrula, as células de um dos pólos da blástula sofrem uma invaginação até que encostem nas células do pólo oposto. Com isto, a blastocele desaparece, originando-se uma nova cavidade, o arquêntero, considerado o intestino primitivo, o qual se comunica com o exterior por meio de um orifício, o blastóporo, que poderá, mais tarde, originar a boca ou o ânus do animal.
Se originar a boca, o animal será um protostômio; se originar o ânus, será um deuterostômio.
A fase da gástrula é extremamente importante, pois é nela que aparecem os folhetos embrionários.
Nos animais do filo Porifera e Cnidaria, surgem apenas dois folhetos embrionários: a ectoderme, formada pela camada externa de células, e a endoderme, pela camada celular interna. Dessa forma, esses animais são ditos diblásticos, pois possuem apeas dois folhetos embrionários.
Nos demais filos, surgem na fase de gástrula, inicialmente, dois folhetos embrionários: a ectoderme e a mesentoderme. Esta, posteriormente, formará a mesoderme e a endoderme. Consequentemente estes animais são ditos triblásticos, ou seja, com três folhetos embrionários: ectoderme, mesoderme e endoderme.

Neurulação

Depois da formação da gástrula, começa a formação do sistema nervoso, além de outras estruturas. Essa nova etapa é chamada de neurulação.
Nessa fase, além do tubo neural, forma-se também uma estrutura de grande importância na sustentação inicial do embrião: é a notocorda. Os seres que possuírem essa estrutura na fase embrionária serão chamados de cordados. Os que apresentam a notocorda como única estrutura de sustentação por toda a vida serão denominados protocordados.
Para a formação do tubo neural, a ectoderme dorsal da gástrula começaa sofrer um achatamento, formando inicialmentea placa neural, que por invaginação forma o tubo neural, o qual dará origem futuramente ao sistema nervoso.
Simultaneamente, a mesentoderme da porção dorsal do arquêntero sofrerá três evaginações em conjunto, denominadas cordomesoblasto. A evaginação central forma a notocorda, estrutura de sustentação que futuramente poderá ser substituída pela coluna vertebral, e as duas evaginações laterais constituirão a mesoderme. No centro da mesoderme, surge uma cavidade, o celoma.
As outras células da mesentoderme formam a endoderme, que constitui o revestimento do arquêntero e este, por sua vez, dará origem aos aparelhos digestório e respiratório.
Os blocos de mesoderme crescem, introduzindo-se entre a ectoderme e a endoderme da região ventral do embrião, formando posteriormente diversos tipos de músculos. Já a mesoderme da região superior fragmenta-se em blocos, denominados somitos, que formarão a coluna vertebral e os demais ossos do corpo.
O folheto mesodérmico colado à ectoderme recebe o nome e somatopleura, e o colado à endoderme, de esplanctopleura.
Após a neurulação, ocorre o desenvolvimento dos diversos tecidos e órgãos animais até a completa formação do embrião.






Folheto

Tecidos e órgãos que origina no adulto

Ectoderme

Epiderme e seus anexos (pêlos, glândulas, etc)

Sistema Nervoso (cérebro, medula, nervos e gânglios nervosos)

Mesoderme

Derme (camada interna da pele)

Sistema Muscular (músculos lisos e esqueléticos)

Sistema Circulatório (coração, vasos sanguíneos e sangue)

Esqueleto (cránio, coluna vertebral e ossos dos membros)

Sistema Urogenital (rins e seus ductos, bexiga, uretra, gônadas e ductos genitais)

Endoderme

Epitélios e glândulas do tubo digestivo (fígado, pâncreas)

Epitélio do Sistema Respiratório (brânquias ou pulmões)

Epitélio do revestimento interno da bexiga urinária



Diferenciação Celular

A origem dos tecidos e órgãos adultos a partir dos folhetos embrionários deve-se a genesque se tornam ativos em determinados tecidos e inativos em outros, ou seja, os diferentes tecidos, com suas distintas funções, estão na dependência do controe genético celular.

Embriogênese I

Introdução
A embriogênese é o estudo da formação do embrião,que se inicia com a formação dos gametas masculino e feminino (fecundação) formando o ovo ou zigoto. A partir de então , uma serie de processos irá ocorrer:
• Aumento do número de células mediante sucessivas divisões celulares;
• Diferenciações ou modificações celulares que possibilitam diferentes formas e funções;
• Migrações de células para a formação das diferentes partes do corpo.

O Zigoto
O zigoto ou ovo é uma célula grande, que armazena substâncias nutritivas ou de reserva denominadas lécito ou vitelo. Estas substâncias farão a nutrição do embrião por algum tempo, dependendo da quantidade existente. A quantidade e a distribuição do vitelo variam de acordo com o organismo considerado e dependem inclusive, do tipo de desenvolvimento do embrião.

Tipos de Ovos

Ovos Oligolécitos, Isolécitos ou Alécitos
(Oligo=pouco,iso=igual, a=sem)

São ovos que apresentam pequena quantidade de vitelo distribuída uniformemente no citoplasma celular.
Esse tipo de ovo ocorre nos:
- Mamíferos eutérios (com útero para desenvolvimento completo do embrião), como é o caso dos humanos;
- Poríferos;
- Cnidários;
- Equinodermos;
- Anfioxo.

Ovos Telolécitos Incompletos, Heterolécitos ou Mediolécitos
(Telo=extremidade; hetero=diferente)
São ovos que possuem uma quantidade média ou intermediária de vitelo, distribuída de maneira desigual. Nestes casos, o núcleo celular encontra-se em um dos pólos celulares, juntamente com o bioplasma (porção celular responsável pela formação do embrião), sendo esta região chamada de pólo animal.
Do outro lado, a porção que contém o vitelo é denominada pólo vegetativo.
Ovos Telolácitos incompletos ocorrem em:
- Platelmintos;
- Anelídeos;
- Moluscos;
- Alguns Peixes;
- Anfíbios.

Ovos Telolécitos Completos, Macrolécitos ou Megalécitos
(Macro,mega=grande)
São ovos que apresentam uma grande quantidade de vitelo concentrada no pólo vegetativo, que é a região de reserva de alimentos dos ovos.O núcleo também é periférico ou polar, estando com o bioplasma no pólo animal.
São encontrados:
- Peixes;
- Moluscos Cefalópodes;
- Aves;
- Répteis;
- Mamíferos Monotremos (Ornitorrinco e Équidna).

Ovos Centrolécitos
Ovos típicos dos artrópodes (artro=articulação; podo= pés), apresentam uma grande quantidade de vitelo concentrada no centro da célula, próximo ao núcleo. O citoplasma fica reduzido a uma pequena camada celular periférica.

Segmentação ou Clivagem
A segmentação ou clivagem é a primeira fase do desenvolvimento embrionário. Ocorre logo após a formação da célula-ovo e consiste em uma série de divisões celulares sucessivas até a formação de um aglomerado denominado mórula. Cada uma das células resultantes da mitose recebe o nome de blastômero.
Em seguida, por migração dos blastômeros à periferia, forma-se uma cavidade no interior da mórula, e a estrutura passa então a ser chamada de blástula. O revestimento celular da blástula é a blastoderme, sendo a cavidade a blastocele, que é preenchida por líquidos.
Nos mamíferos eutérios, a blástula chamada, neste caso de blastocisto, apresenta-se revestida de uma camada única de células , denominada trofoblasto, a qual dará origem à parte fetal da placenta, e de um aglomerado de células preso ao trofoblasto internamente, o embrioblasto, o qual originará o embrião.
A segmentação da célula-ovo depende da quantidade de vitelo no citoplasma. Quanto maior a quantidade de vitelo no ovo, maior a dificuldade de divisão e formação de novas células. Consequentemente, existem diferentes tipos de segmentação, de acordo com o tipo de célula-ovo considerada.

Segmentação Holoblástica
(Holos= total)
A segmentação é holoblástica quando o ovo divide-se totalmente. Pode ser:
- Holoblástica Igual, se os blastômeros resultantes da clivagem forem do mesmo tamanho.
A segmentação holoblástica igual ocorre nos ovos oligolécitos, por possuírem o vitelo distribuído uniformemente pela célula, permitindo a formação de células de mesmo tamanho.
- Holoblástica Desigual, se os blastômeros forem de tamanhos diferentes. Neste caso os blastômeros menores são os micrômeros e resultam de divisões ocorridas no pólo animal, enquanto os maiores, os macrômeros, resultam de divisões no pólo vegetativo.
Ocorre nos ovos Telolécitos incompletos, como dos anfíbios.

Segmentação Meroblástica
(meros=parcial)
Aclivagem é meroblástica quando o ovo se segmenta parcialmente, conseguindo originar células a partir somente do pólo animal. Pode ser dos tipos: discoidal ou superficial.
- Merobástica Discoidal: Ocorre nos ovos Telolécitos completos, como nas aves. Apenas o pólo animal sofre divisões, e a região onde está o vitelo não se divide.
- Meroblástica Superficial: Ocorre na região periférica do ovo. É típica dos ovos centrolécitos dos artrópodes.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Introdução à Biologia

Introdução
A biologia (do grego bios=vida e logos=estudo) é a ciência que estuda o ser vivo, desde a sua forma (morfologia) e função (fisiologia) até o seu relacionamento com os diversos seres vivos e com o ambiente.

Divisões da Biologia
Para melhor estudar e compreender a biologia pode ser dividida. Eis algumas partes:
a- Citologia= estudo da célula
b- Histologia= estudo dos tecidos
c- Botânica ou fitologia= estudo dos vegetais
d- Zoologia= estudo dos animais
e- Embriologia= estudo da formação e desenvolvimento do embrião
f- Ecologia= estudo das relações entre os seres vivos e destes com o meio
g- Evolução= estuda a transformação gradual que ocorre com seres vivos com o passar dos tempos
h- Genética= estudo da transmissão das características hereditárias
i- Taxonomia= estudo da classificação dos seres vivos
j- Bioquímica= estudo da composição química dos seres vivos e das reações químicas que neles ocorrem
k-Biofísica= aplicação das leis físicas para entendimento da biologia
l- Virulogia= estudo dos vírus
m- Anatomia= estudo das formas dos órgãos

Características dos Seres Vivos
Os seres vivos possuem características peculiares que os diferenciam do que não é vivo. Das características que definem os seres vivos, citam-se:

Composição Química Complexa
Formando a estrutura dos seres vivos, encontram-se muitas substâncias orgânicas complexas, como as proteínas, e também várias substâncias inorgânicas. Essas substâncias químicas variam quantitativamente de acordo com a espécie considerada.

Organização Celular
Com exceção dos vírus, todos os seres vivos são constituídos por células. Alguns seres constituem-se de apenas uma célula, como as bactérias, enquanto outros, os pluricelulares, são formados de muitas células.

Metabolismo
As substâncias químicas orgânicas e inorgânicas dos seres vivos reagem entre si. Ao conjunto de reações químicas que ocorrem no interior das células dá-se o nome de metabolismo.

Crescimento
Os seres vivos podem aumentar de tamanho em decorrência do aumento do número de suas células ou de um aumento no volume celular.
Geralmente quando se comparam indivíduos de uma mesma espécie, da mesma idade mas de tamanhos diferentes, os indivíduos maiores apresentam um maior número de células em relação aos menores: é a Lei de Driesh ( Lei da Constância Volumétrica).
Uma exceção que se observa é com relação às células musculares estriadas que formam os nossos músculos esqueléticos, as quais aumentam de volume nas pessoas com maior atividade física, porém o número de células permanece o mesmo.

Reprodução
Processo pelo qual os seres vivos originam seus descendentes. Por meio da reprodução, procura-se manter o número de indivíduos da espécie.

Hereditariedade
As características dos seres vivos que são determinadas pelo seu material genético podem ser transmitidas aos seus descendentes por meio da reprodução.

Mutação
É uma alteração do material genético, sendo um dos fatores responsáveis pela variabilidade entre os seres vivos. Geralmente esta alteração só será transmitida aos descendentes se ela ocorrer nas células reprodutivas, como é o caso dos nossos gametas.

Excitabilidade
Os seres vivos são capazes de responder a estímulos químicos e físicos provenientes do ambiente, como salinidade ou variações de temperatura, ou do próprio organismo, como os estímulos hormonais, que podem determinar, por exemplo, o comportamento mais ou menos agressivo de um indivíduo, em virtude do maior ou menor teor de hormônio masculino presente. Essa característica permite não apenas uma integração do ser vivo com o meio, mas também o estabelecimento do equilíbrio interno

Adaptação
Os seres vivos são considerados adaptados ao ambiente em que vivem quando possuem características que possibilitam sua sobrevivência e reprodução.

Tempo de Vida das Células
As células que formam os seres vivos apresentam um tempo de vida variável diretamente relacionado ao seu grau de especialização, ou seja, à função que exercem. Quanto mais importante a função da célula, maior o tempo de vida.
O pesquisador Bizozzero classificou as células quanto ao tempo de vida em: Lábeis, estáveis e permanentes.

Células Lábeis
São células pouco especializadas, de ciclo vital (tempo de vida) curto e originadas de células com alta capacidade de multiplicação.
Exemplos:
Nos animais as células epiteliais de revestimento e, nos vegetais as células meristemáticas (jovens), em constante processo de reprodução, aumentando o número das células e permitindo assim o seu crescimento.

Pele vista ao microscópio, mostrando células lábeis em sua superfície.

Células Estáveis
São células com um ciclo vital um pouco superior ao das células lábeis. Apresentam certo grau de especialização, mas continuam com capacidade de multiplicação, especialmente se houver alguma perda por lesão.
Exemplos:
Fibras musculares lisas do útero, células do fígado, pâncreas, glândulas salivares e células ósseas, nos animais.
Células parenquimáticas nos vegetais, cuja função é preencher espaços internos, como as células do interior das folhas (parênquima das folhas).

Fibras Musculares Lisas

Células Permanentes
São células altamente especializadas, com tempo de vida longo e que , na maioria das vezes perderam a capacidade de divisão celular.
Exemplos:
Os neurônios e fibras musculares estriadas nos animais e o floema nas células vegetais, formado pela ligação entre inúmeras células que originam os canais de condução de seiva elaborada.



Neurônio: exemplo de célula permanente